05 abr A felicidade no trabalho
Há quem diga que ser feliz é um ponto de vista. Pois, para uns, ser feliz é formar uma família, para outros é poder viajar com o parceiro sempre que tiver a oportunidade, e para outros, ainda, é estar com os amigos e sempre poder compartilhar momentos com essas pessoas. Mas ser feliz significa ter a companhia de alguém? Ou não necessariamente? Ou você nunca conheceu alguém que era feliz intensamente sozinho?
Em uma das frases ditas por Dalai Lama: “A única fonte de felicidade está dentro de nós”, ele reflete que a felicidade pode ser encontrada dentro de nós, ou seja, não está dependendo de fontes externas, como pessoas ou coisas que podemos possuir ou ganhar.
Tais fatores nos trazem boas companhias, relacionamentos prazerosos e muitos bens, mas isso nunca deverá ser a fonte de sua felicidade, pois, se assim fosse, ninguém jamais alcançaria a felicidade total, pois sempre teria que ter mais e mais.
Contudo, é normal as pessoas não conseguirem se conectar com aquilo que as deixam felizes de verdade. Muitas vezes, a felicidade está em olhar as pequenas coisas. Porém, as pessoas estão sempre em uma correria tão “louca”, que mal tem tempo de perceber isso, e lá se foi a felicidade de uma vida.
Mas e o contrário? Existem pessoas que se sentem felizes em viver uma vida agitada, pois todas as conquistas que vêm são seus motivos de felicidade. Seja essa correria no trabalho em uma carreira brilhante, ou sendo um (a) chefe de família cuidando de casa e de seus filhos.
Por isso que voltamos ao início desse texto: ser feliz é um ponto de vista. E realmente é, basta as pessoas saberem qual é sua fonte de felicidade (que é de dentro de nós já sabemos), mas o que preenche essa fonte afinal?
Quando falamos em ser feliz nos referimos a tudo que envolve nossa vida: pessoal, social, religiosa e profissional.
Sobre esta última, a felicidade no trabalho, será que todas as pessoas conseguem ser felizes em suas vidas profissionais? A resposta é clara: uma grande parte dos profissionais não são felizes no que estão atuando, mas… isso é responsabilidade de quem?
É outra pergunta com resposta única: a responsabilidade é de cada um. Ao optar por um trabalho que ganhará muito dinheiro, porém não lhe trará felicidade, foi feita uma escolha, independente de outros fatores.
Dalai Lama no seu livro “A Arte da Felicidade no Trabalho” traz a reflexão da importância do autoconhecimento diante de sua profissão. Afinal, o não se sentir bem trabalhando na sua área atual pode advir de duas situações: você ainda não identificou habilidades próprias que ajudariam no seu trabalho, ou você não tem consciência de que você não se encaixa ali.
Como já citado, é possível ser feliz no trabalho, mas de que forma podemos alcançar isso? O autor comenta sobre o ambiente de trabalho, e traz uma lição: mude seu ponto de vista. É fato que os problemas sempre existirão, mas o que fazer com eles? Enxerga-los como oportunidades de aprendizagem é um grande passo para ficar atento e não cometer os mesmos erros.
Outra lição que ele traz e serve pra diversas situações da vida: esse sentimento que sinto agora, é construtivo ou destrutivo? Vale a pena eu deixar meu corpo e minha mente absorverem isso? Ao se sentir frustrado ou com raiva, são perguntas que devem vir à tona.
Dalai Lama deixa um alerta também: podemos nos identificar, mas não devemos incorporar nossa função, não somos apenas isso. E quando você não tiver mais o cargo atual? Não será mais você? Existe uma linha tênue entre ser apaixonado pelo que faz e absorver sua profissão como identidade, qualquer dependência emocional é prejudicial.
Em síntese, a felicidade no trabalho é um estado alcançável e que traz mais leveza no seu dia a dia. Gostar do que faz, do ambiente, ou dos seus colegas se torna um incentivo para que seja mais produtivo e se sinta menos sobrecarregado.
O ambiente de trabalho deve proporcionar bem-estar ao colaborador, além desse fator acarretar maiores resultados, qualidade de vida e incentivo às ideias, tem coisa melhor do que gente feliz?!
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